O Espírito Santo de 1870 possuía no
seu litoral atlântico somente três cidades e dez vilas. O resto era uma
barreira de matas virgens com índios e febres malignas para quem a quisesse
enfrentar ou transpor. Sua agricultura era de subsistência. Com relação à indústria
produzia cal, tijolos, telhas e peixe salgado para consumo interno. Dentro da
política geral de imigração para o Brasil, o que a “Breve notícia” dizia da
província era que:
O desaparecimento gradual e constante que se vai operando na população
escrava e a falta de braços livres que substituam os dos cativos,são por certo
a causa principal do pouco desenvolvimento da lavoura, que se acha ali
circunscrita aos vales dos grandes rios e às terras adjacentes à parte
navegável daqueles cursos d’água.
Tem contribuído igualmente para a marcha lenta da agricultura a extração de
madeiras, e de outros produtos naturais, visto a lavoura exigir inteligência,
trabalho e constância por parte do homem, enquanto que esses produtos se apresentam
de modo espontâneo à extração e oferecem ao mercado um gênero de troca fácil,
rendoso e independente de qualquer esforço ou empate de capital.
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