quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Os insucessos da colonização alemã

O Espirito Santo teve duas colônias alemãs, a de Santa Isabel em 1847 e a maior, de Santa Leopoldina, em 1856. Os laços de parentesco com a família imperial austríaca, no entanto, não justificava a má condução e o repetidos fracassos dos inumeráveis empreendimentos colonizadores.   
 Quando a Alemanha proibiu, de uma vez, a emigração para o Brasil, começaram a aparecer tratados e obras de conselheiros do Império Brasileiro tentando mostrar a realidade dos fatos. Uma circular endereçada aos cônsules do Brasil na Europa, de 20 de novembro de 1871, recomendava que os imigrantes a virem para o Império deviam ser indivíduos habituados a trabalhos rurais e se excluir os habitantes de cidades manufatureiras que não iriam se adaptar facilmente à agricultura.É sabido que havia interesses e interessados em despejar no Brasil gente de toda espécie e mesmo criminosos e desocupados. A província do Espírito Santo recebeu, no início dos anos setenta, uma leva de polacos que criaram os maiores problemas na colônia de  Santa Leopoldina. Tanto é verdade que o diretor da colônia escreveu ao Presidente da Província:

A ociosidade, o descaramento, o ratonice, o gênio desordeiro são os caracteres distintivos do Polaco. Por conveniência e moralidade do serviço fui forçado a não deixar sequer um Polaco nas turmas em que trabalhavam os alemães (pomeranos), pois o seu contato era por demais sensível ao serviço. Essa gente foi como uma praga lançada sobre essa colônia:  passagem de um grupo dele é sempre perfeitamente traçada pelo destruição e roubo ou furto de alguns objetos. Tudo lhes serve; alguém pode ficar tranquilo diante desses talvez fregueses das casas de correção de Possen? Alguém julga-se tranquilo diante desses verdadeiros bandidos?

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