quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O pioneirismo do Espirito Santo

O Espírito Santo sediou o primeiro grupo pioneiro trazido por Pedro Tabachi em fevereiro de 1874 no navio Sofia, de 386 pessoas.
O estabelecimento por aglomeração que deu os melhores resultados nos Estados Unidos da América deu também ótimos resultados no Espírito Santo. Vinham todos em grupo de uma mesma região da Itália e mantinham fortes relações familiares de amizade, vizinhança e mútuo apoio. Às vezes eram vilas inteiras.
              O projeto colonizador no Espírito Santo assinala a presença de açorianos na colônia de Santo Agostinho, hoje Viana, nas proximidades de Vitória em 1812. Em 1847, alemães da Prússia fundam Santa Isabel. Em 1854 se funda a colônia de Rio Novo. Em 1856 cria-se a colônia de Santa Leopoldina com holandeses, suíços e alemães pomeranos. Dentro desta última colônia vão ser fundados os núcleos de Timbuí (Santa Teresa) em 1875 por austríacos trentinos e, em 1877, o núcleo de Santa Cruz (Ibiraçu) este sim ocupado por italianos Vênetos.
              A primeira fase de ocupação do território capixaba por italianos vai de 1874 até 1885. Dez anos após a chegada dos primeiros colonos também os filhos dos imigrantes maiores de dezoito anos tinham o direito de receber um lote de terra nas mesmas  condições que os pais. Inicia-se uma retomada. Em 1887 fundam os núcleos Acioli Vasconcelos, Senador Prado e Santa Leocádia. Criam-se os núcleos Costa Pereira 1889, Afonso Cláudio 1890, Demétrio Ribeiro 1891, Nova Venécia 1892, Muniz Freire 1894, todos no interior.

O rio Doce, com quase um quilômetro de largura, divide o Espírito Santo ao meio. O projeto histórico de torná-lo útil à navegação jamais foi conseguido. Somente em 1928 foi construída uma ponte na região de Colatina e a partir daí iniciou-se a ocupação tardia de uma vasta região de floresta ao norte do Estado. Ainda nesta época foram localizados índios botocudos na região. Mas foram sobre tudo os descendentes de italianos que a ocuparam. Em 1960 o governo brasileiro promoveu uma política de erradição dos cafezais. Colatina foi, em 56, o município maior produtor de café do país. Com a erradição, milhares de pequenas propriedades se tornaram pastagens. Vinte mil famílias capixabas emigraram, por sua vez, para os estados do Paraná, São Paulo e Rondônia. As conseqüências daqueles 20 anos de colonização fazem a atual história do Espírito Santo.

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