O Espírito Santo sediou o primeiro
grupo pioneiro trazido por Pedro Tabachi em fevereiro de 1874 no navio Sofia,
de 386 pessoas.
O estabelecimento por aglomeração que
deu os melhores resultados nos Estados Unidos da América deu também ótimos
resultados no Espírito Santo. Vinham todos em grupo de uma mesma região da
Itália e mantinham fortes relações familiares de amizade, vizinhança e mútuo
apoio. Às vezes eram vilas inteiras.
O projeto colonizador no Espírito
Santo assinala a presença de açorianos na colônia de Santo Agostinho, hoje
Viana, nas proximidades de Vitória em 1812. Em 1847, alemães da Prússia fundam
Santa Isabel. Em 1854 se funda a colônia de Rio Novo. Em 1856 cria-se a colônia
de Santa Leopoldina com holandeses, suíços e alemães pomeranos. Dentro desta
última colônia vão ser fundados os núcleos de Timbuí (Santa Teresa) em 1875 por
austríacos trentinos e, em 1877, o núcleo de Santa Cruz (Ibiraçu) este sim
ocupado por italianos Vênetos.
A primeira fase de ocupação do
território capixaba por italianos vai de 1874 até 1885. Dez anos após a chegada
dos primeiros colonos também os filhos dos imigrantes maiores de dezoito anos
tinham o direito de receber um lote de terra nas mesmas condições que os pais. Inicia-se uma retomada.
Em 1887 fundam os núcleos Acioli Vasconcelos, Senador Prado e Santa Leocádia.
Criam-se os núcleos Costa Pereira 1889, Afonso Cláudio 1890, Demétrio Ribeiro
1891, Nova Venécia 1892, Muniz Freire 1894, todos no interior.
O rio Doce, com quase um quilômetro
de largura, divide o Espírito Santo ao meio. O projeto histórico de torná-lo
útil à navegação jamais foi conseguido. Somente em 1928 foi construída uma
ponte na região de Colatina e a partir daí iniciou-se a ocupação tardia de uma
vasta região de floresta ao norte do Estado. Ainda nesta época foram
localizados índios botocudos na região. Mas foram sobre tudo os descendentes de
italianos que a ocuparam. Em 1960 o governo brasileiro promoveu uma política de
erradição dos cafezais. Colatina foi, em 56, o município maior produtor de café
do país. Com a erradição, milhares de pequenas propriedades se tornaram
pastagens. Vinte mil famílias capixabas emigraram, por sua vez, para os estados
do Paraná, São Paulo e Rondônia. As conseqüências daqueles 20 anos de
colonização fazem a atual história do Espírito Santo.
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